3 de janeiro de 2009

Entrevista (imaginária):



Sobrenatural de Almeida é um grande e sinistro personagem do futebol brasileiro. Conhecido por aparecer repentinamente fazendo gols espíritas e depois sumir por um tempo, ele declara na entrevista oferecida para o Palhaço Nostálgico que gosta de sua vida inconstante:


Palhaço Nostálgico: Primeiramente, qual seu time do coração Sr. Almeida?


S. de Almeida: Bom, sou carioca, e como bom carioca não poderia deixar de ser Fluminense (risos).


Palhaço Nostálgico: Todos sabem que Nelson Rodrigues também é tricolor fanático, e sempre que possível ele comenta sobre seus feitos. Qual sua relação com ele?


S. de Almeida: Ele sempre foi um grande amigo e confidente meu. Na vida e na morte.


Palhaço Nostálgico: Falando mais do seu “trabalho”. Você tem uma rotina?


S. de Almeida: Não, trabalho quando quero. Não é em todos os jogos que dou o ar da graça, se não fica muito manjado. Gosto da minha vida inconstante.


Palhaço Nostálgico: Em que momentos que você se inspira para fazer seus gols “milagrosos”?


S. de Almeida: É simples, naqueles momentos em que os jogadores não conseguem vitórias por eles próprios, eu desço e só o que faço é dar uma forcinha.


Palhaço Nostálgico: Desce? Desce de onde?


S. de Almeida: Desço do céu, paraíso, já ouviu falar?


Palhaço Nostálgico: Já sim. Mas como destingir lances protagonizados pelos jogadores dos seus?


S. de Almeida: É fácil perceber quando estou em campo. Sempre que acontece aqueles gols estranhos nos últimos minutos de jogo pode ter certeza que estou por lá.


Palhaço Nostálgico: Pois é, uma curiosidade, você costuma sempre agir nos minutos finais dos jogos decisivos. Porque espera até os últimos estantes?


S. de Almeida: O último minuto é o mais mítico dos momentos de uma partida de futebol. E eu tenho que esperar mesmo, porque às vezes os próprios jogadores protagonizam certos milagres em campo. Mas claro sempre incomparáveis com os meus. (risos)


Palhaço Nostálgico: Quais são suas artimanhas para fazer acontecer esses lances de forma totalmente convencional e estranha?


S. de Almeida: Olha, quando preciso evitar gols costumo pousar no travessão defendido pelo Fluminense, mas se for preciso fazer gols vou para o ataque e apronto as mais inverossímeis surpresas para o time adversário.


Palhaço Nostálgico: Quais são os critérios que o senhor usa para “entrar” em campo?


S. de Almeida: Bem, por dever de ofício, eu não declino meus critérios. Numa disputa de pênaltis, por exemplo, minha atenção se volta para aquelas linhas de jogadores abraçados que se formam no meio do campo, assim, posso avaliar quais os sinceros e quais os que apenas fingem fervor místico, para premiar os sinceros e punir os fingidores, mas isso é apenas adivinhação.



* conteúdo retirado da revista iDéia;

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