Em Dezembro de 2009, mais precisamente no dia 7, uma segunda feira, eu estava em um evento no prédio da procuradoria geral da república em Brasília. Um prédio enorme, chique e todo espelhado.
Estava acontecendo no salão social a solenidade do Prêmio Congresso Em Foco, que homenageia os políticos mais bem votados pelos internautas e jornalistas. Quem também estava lá cobrindo o evento, era o Rafael Cortez, humorista e repórter do CQC (Custe o Que Custar), programa humorístico da TV Bandeirantes (para mim, um dos 3 melhores programas da televisão brasileira). Enquanto ele esperava a solenidade se encerrar para caçar entrevistas com os políticos, eu fiz uma breve, e exclusiva entrevista com esse digníssimo jornalista. Mas um detalhe, a entrevista foi feita sem ele saber, como se eu fosse um fã curioso qualquer. No começo não tinha intenções nenhuma de apurar fatos, mas com o desenrolar da conversa e como bom jornalista cara de pau e oportunista que sou, não podia perder o furo. Acompanhe a entrevista na íntegra e descubra revelações exclusivas feitas pelo repórter:
PALHAÇO NOSTÁLGICO: ENTÃO RAFAEL, VOCÊ FEZ JORNALISMO?
RAFAEL CORTEZ: SIM, SOU FORMADO EM JORNALISMO PELA PUC.
PALHAÇO NOSTÁLGICO: DA TURMA DO CQC, QUEM MAIS TEM O DIPLOMA DE JORNALISMO:
RAFAEL CORTEZ: EU, O RAFINHA E O ANDREOLI, OS OUTROS SÃO FORMADOS EM OUTRAS COISAS. NEM MESMO O TÁS (MARCELO TÁS, APRESENTADOR DO PROGRAMA) QUE SE DIZ O JORNALISTA E TAL TEM DIPLOMA.
PALHAÇO NOSTÁLGICO: ESCUTEI NA RÁDIO MIX, O OSCAR FILHO DANDO UMA ENTREVISTA E AFIRMANDO QUE O MARCELO TÁS SÓ APARECE PARA APRESENTAR E VAI EMBORA, É VERDADE?
RAFAEL CORTEZ: NOSSA, O OSCAR FALOU ISSO?
PALHAÇO NOSTÁLGICO: SIM!
RAFAEL CORTEZ: CORAJOSO! MAS É ISSO MESMO! ELE NÃO É NEM UM POUCO PRESENTE! QUASE NÃO DÁ AS CARAS, ELE É SOMENTE O APRESENTADOR. PRECISA ACABAR ESSA IMAGEM QUE TEM QUE ELE É O CHEFÃO, ELE DÁ ENTREVISTAS COMO SE FOSSE, MAS NÃO É.
PALHAÇO NOSTÁLGICO: NÃO É ELE QUEM COMANDA A TURMA? QUEM DEFINE PAUTAS E ETC?
RAFAEL CORTEZ: NÃO! DE JEITO NENHUM. TUDO O QUE A GENTE FAZ, TODO FURO QUE EU JÁ DEI EU DEVO AO MEU PRODUTOR E MEU CAMERA, ELE NÃO AJUDA EM SIMPLESMENTE NADA NESSA PARTE. NUNCA AJUDOU...
PALHAÇO NOSTÁLGICO: ENTÃO, VOCES NÃO GOSTAM DELE?
RAFAEL CORTEZ: AH, ELE É INDIFERENTE PARA MIM, NÃO FAZ DIFERENÇA. A PRESENÇA DELE LÁ FOI MUITO IMPORTANTE NO COMEÇO DO PROGRAMA PORQUE ELE É UM CARA CONHECIDO DESDE MUITO TEMPO, TEM UM NOME...ENTÃO ERA MUITO MAIS FÁCIL CHEGAR NOS LUGARES ONDE NINGUÉM CONHECIA A GENTE E FALAR QUE ERA DO PROGRAMA DO TÁS. ISSO ABRIA MUITAS PORTAS.
PALHAÇO NOSTÁLGICO: MUITO SE FALA SOBRE UMA “RICHA” OU RIVALIDADE COM O PÂNICO NA TV. ISSO EXISTE?
RAFAEL CORTEZ: NUNCA EXISTIU. É SÓ PAPO DA IMPRENSA.
PALHAÇO NOSTÁLGICO: SEMPRE QUE VOCE ESBARRA POR AÍ COM UM INTEGRANTE DO PÂNICO VOCES SE COMPRIMENTAM?
RAFAEL CORTEZ: CLARO, SOMOS PARCEIROS! NÃO TEM ESSA NÃO...
* SEGUE O LINK DA MATÉRIA: http://www.youtube.com/watch?v=KwTtHlHbCTY
22 de dezembro de 2009
ENTREVISTA: “MARCELO TÁS NÃO AJUDA EM NADA” diz Rafael Cortez
4 de setembro de 2009
DES-GRADUANDO
Conseguiram! Os representantes do povo brasileiro conseguiram tirar a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para aqueles que desejam atuar na área. Querem saber minha inútil, porém relevante opinião? Isso está certíssimo! Tirem o diploma do profissional de jornalismo mesmo elite mascarada. Mas tirem também o distintivo do policial, a carteira de motorista dos que dirigem e ai por diante. Afinal de contas, cuidar da segurança da população, manusear um automóvel e noticiar de acordo com as normas e a ética jornalística são tarefas que qualquer macaco é capaz de fazer.
Deixemos os jornalistas formados, que estudaram, ralaram e sentaram a bunda nas cadeiras de uma universidade durante 4 anos competirem vaga com engenheiros mecatrônicos, chefes de culinária, carpinteiros ou quem sabe com recém formados em algum supletivo do ensino médio. Por que não? O poder de manipulação que o comunicador exerce não precisa ser levado em conta! Pois de nada interessa entender sobre os critérios de um texto jornalístico, a ética na comunicação, como apurar, editar ou divulgar uma notícia. Aliás, não sei para que ainda estou na faculdade e pagando tão caro para obter um pedaço de papel que a partir de agora vale tanto quanto uma nota furada ou um pedaço de papel higiênico usado!
E pra que a justiça federal iria se preocupar com falcatruas, delitos graves de corrupção, com o desemprego, a fome ou com coisas mais sérias e extremamente urgentes? É melhor retroceder, e tirar mais direitos dos que merecem! Só assim o Brasil vira um país ideal..!
* Pensando bem, tirar a obrigatoriedade do diploma de jornalismo foi um grande passo na luta contra a desigualdade social no Brasil não é mesmo? Assim, de um dia para o outro, todos viraram profissionais..!
NÃO RECLAMEM QUANDO CHEGAR NESTE PONTO!
SATIRIZANDO A TEMÁTICA:
Esses dias, após a divulgação de que o diploma de jornalismo perdeu a validade, eu fiz uma piada com um amigo meu que trabalha no Dogão aqui da frente do meu trabalho:
- Aí Raimundo, como agora meu diploma não vale nada mesmo, será que você não arranja uma vaguinha pra mim lá na lanchonete não?
Ele respondeu:
- Ué, já que está assim, será que você não arranja uma vaga pra mim aí na redação também? Agente faz uma troca! E pode ficar tranqüilo que lá no Dogão também não estão exigindo diploma não!
4 de junho de 2009
A verdade soberana sobre a INFIDELIDADE
SATIRIZANDO A TEMÁTICA: fidelidade (ao mundo moderno)
Em meio aos preparativos para o casamento, a noiva conversa com uma das madrinhas:
- Pois é! Estou muito nervosa...
- É. Decidir se casar é uma decisão e tanto!
- Não é por isso! Estou preocupada com os preparativos, ainda falta muita coisa! E começar um casamento sem organização não dá!
- Ah, mas é sempre assim! Na hora tudo acaba se ajeitando...
- Não! Eu ainda não escolhi o vestido, eu e meu noivo não mandamos os convites para os convidados, ele ainda não arranjou nem casa para morarmos, e o pior...
- O que?
- Ainda nem decide quem vai ser meu amante!
- Nossa querida, você ta enrolada mesmo! Isso é o mais importante...Indagou a amiga vivendo intensamente o mundo moderno!
4 de maio de 2009
A ONDA DAS MULHERES COMESTÍVEIS
Mulher Melancia, Mulher Melão, Mulher Morango e até a Mulher Filé desfilam por aí com um orgulho imenso dos apelidos e dos recheios que preenchem as curvas esculturais que possuem. Daqui a pouco aparecem também a Mulher Pernil, a Mulher Chester e a Mulher Chuleta na Brasa.
O que não pode deixar de ser citado é que de nada adianta distorcer tanto a criatividade para tentar obter fama, pois sabemos que na verdade a maioria dessas aqui citadas esconde no seu interior, a Mulher Camarão, cuja cabeça é distinta do lindo corpinho!
4 de abril de 2009
SATIRIZANDO A TEMÁTICA: Propaganda Liquidificador MC
3 de março de 2009
CEREBRANDO
Não sei como o fato de vivermos, trabalharmos, pensarmos e criarmos somente com 10% da capacidade do cérebro não assusta qualquer um, pois se pudemos nos tornar seres tão evoluídos com somente 1/10 do poder cerebral, imagina com metade da capacidade, imagine com 100% de suas funções! Seriamos como mutantes, ou super-heróis, capazes de voar, tele-transpotar, queimar e congelar objetos, transmitir informações via telepatia e etc.
Portanto não releve os filmes e histórias de ficção, pois se o ser humano foi capaz de usar a “cuca” para pensar em coisas desse tipo, quem sabe também seremos capazes de vivenciar tais absurdos, que são reais na mente daquele que mentaliza.
3 de fevereiro de 2009
Dis(correndo) sobre o tempo
Muitas pessoas, que fingem ser entendedoras do assunto, dizem que o tempo é indefinível por palavras e que é o melhor caminho para se adquirir experiência. Outros afirmam, sem medo, que ele é algo relativo, ou como já cantavam os integrantes da banda Pato Fu: “Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda, eu sei. Para você correr macio”. Para mim, o tempo não passa de uma bela desculpa esfarrapada, quando mencionado em algumas situações. E é para exemplificar alguma dessas situações que esse texto foi feito. Portanto, não perca tempo e leia o que tentarei explicar, mas já peço desculpas antecipadamente, se por acaso não agradar as expectativas daquele que deseja uma resposta extremamente bem elaborada. É que o tempo para redigir essa crônica foi curto.Bom, aqui começam meus argumentos. Um dia desses, estava eu intrometido em uma conversa entre anciãos (homens e mulheres com idade superior a 60 anos, antes disso para mim são adultos), quando, de repente, um senhor disparou a frase: “No meu tempo, os jovens respeitavam os mais velhos”. Sinceramente, daqui a 50 anos também irão dizer que, nos tempos de hoje, os jovens respeitavam os mais velhos, o que pode ser mentira, ou não, mas os adolescentes dessa futura geração acreditarão fielmente nessa desculpa de que, no passado, os tempos eram melhores. E o pior é que nunca vão descobrir se isso é mesmo verdade. Outro bom exemplo para provar que o “tempo” em si só é mencionado como objeto de desculpa é aquela situação de “pé na bunda”, em que o deprimido(a) desabafa as mágoas no ombro amigo, ― coitado ― e escuta aquele célebre conselho: “Relaxa que o tempo cura tudo”. Típica fala de quem não sabe o que dizer, pois após passar um tempinho, tudo pode simplesmente ficar melhor, ou piorar drasticamente. As conseqüências variam conforme a situação. Mas o que realmente interessa é que, nesse momento, o que o desiludido(a) necessita não é ouvir que em um futuro desconhecido a ferida irá se curar. E de quanto tempo isso se trata? Meses? Anos? Seria bom se as pessoas parassem de se “pré-ocupar” com hipóteses e tentassem dar conselhos que sirvam para o presente.
Olha, se segurem nas respectivas poltronas que vou revelar a cruel verdade: o tempo (seja lá o que for) é algo inarrativo, não pode ser interpretado por qualquer leigo (assim como eu). Os adolescentes que reclamam que ele passa rápido demais, os moradores do interior desprovidos de tecnologia que afirmam que ele passa devagar, assim como Cazuza, que o define em um clichê, estão completamente errados. O tempo não pode ser reduzido a tão pouco, e nem definido com tanta facilidade. Só se sabe que ele sempre decorreu exatamente igual. O relógio analógico só vai marcar a passagem de um minuto para outro, se o ponteiro dos segundos der a volta completa e se movimentar 60 vezes, (a não ser que ele esteja com algum problema de mecanismo), ou seja, depois da invenção dos ponteiros do relógio nem precisaria mais questionar a constante regularidade do tempo, muito menos abusar dele quando não se tem outra desculpa. E se você não faz idéia de quando inventaram os ponteiros, ― por favor! ― já faz tanto tempo que nem me lembro mais.
3 de janeiro de 2009
Entrevista (imaginária):
Palhaço Nostálgico: Primeiramente, qual seu time do coração Sr. Almeida?
S. de Almeida: Bom, sou carioca, e como bom carioca não poderia deixar de ser Fluminense (risos).
Palhaço Nostálgico: Todos sabem que Nelson Rodrigues também é tricolor fanático, e sempre que possível ele comenta sobre seus feitos. Qual sua relação com ele?
S. de Almeida: Ele sempre foi um grande amigo e confidente meu. Na vida e na morte.
Palhaço Nostálgico: Falando mais do seu “trabalho”. Você tem uma rotina?
S. de Almeida: Não, trabalho quando quero. Não é em todos os jogos que dou o ar da graça, se não fica muito manjado. Gosto da minha vida inconstante.
Palhaço Nostálgico: Em que momentos que você se inspira para fazer seus gols “milagrosos”?
S. de Almeida: É simples, naqueles momentos em que os jogadores não conseguem vitórias por eles próprios, eu desço e só o que faço é dar uma forcinha.
Palhaço Nostálgico: Desce? Desce de onde?
S. de Almeida: Desço do céu, paraíso, já ouviu falar?
Palhaço Nostálgico: Já sim. Mas como destingir lances protagonizados pelos jogadores dos seus?
S. de Almeida: É fácil perceber quando estou em campo. Sempre que acontece aqueles gols estranhos nos últimos minutos de jogo pode ter certeza que estou por lá.
Palhaço Nostálgico: Pois é, uma curiosidade, você costuma sempre agir nos minutos finais dos jogos decisivos. Porque espera até os últimos estantes?
S. de Almeida: O último minuto é o mais mítico dos momentos de uma partida de futebol. E eu tenho que esperar mesmo, porque às vezes os próprios jogadores protagonizam certos milagres em campo. Mas claro sempre incomparáveis com os meus. (risos)
Palhaço Nostálgico: Quais são suas artimanhas para fazer acontecer esses lances de forma totalmente convencional e estranha?
S. de Almeida: Olha, quando preciso evitar gols costumo pousar no travessão defendido pelo Fluminense, mas se for preciso fazer gols vou para o ataque e apronto as mais inverossímeis surpresas para o time adversário.
Palhaço Nostálgico: Quais são os critérios que o senhor usa para “entrar” em campo?
S. de Almeida: Bem, por dever de ofício, eu não declino meus critérios. Numa disputa de pênaltis, por exemplo, minha atenção se volta para aquelas linhas de jogadores abraçados que se formam no meio do campo, assim, posso avaliar quais os sinceros e quais os que apenas fingem fervor místico, para premiar os sinceros e punir os fingidores, mas isso é apenas adivinhação.
* conteúdo retirado da revista iDéia;